Diversidade temática é destaque no Festival de Cinema de Triunfo

O suposto isolamento vivenciado por uma jovem deficiente auditiva. A angústia de um pai presidiário que deseja falar com a filha no dia do aniversário da garota. Uma animação que narra a saudade de homem pela sua amada. Esses foram alguns dos temas que tomaram corpo através dos curtas-metragens exibidos durante a tarde dessa terça (16), no Festival de Cinema de Triunfo.

Primeiro a ser exibido, O Silêncio do Mundo, da cineasta cearense Bárbara Cariry, levou o público a acompanhar a rotina de uma garota deficiente auditiva e sua relação com o mundo ao redor. Na sequência, quem ocupou a tela grande do Cine Teatro Guarany foi a produção paulista Com a Mosca Azul. Dirigido por Cesar Netto, o curta, segundo o próprio realizador, pretende ser uma reflexão sobre o tempo. “Se as nossas vidas fossem uma ampulheta, não teríamos condições de voltar a areia que cai. Ela já está correndo”, filosofou o cineasta.

Bastante aplaudido, o curta A Fábrica, do paranaense Aly Muritiba, contou a história de um presidiário que arrisca a liberdade da própria mãe ao fazê-la levar um celular para o presídio. A motivação, contudo, não poderia ser mais sublime: tudo que o homem deseja é dar os parabéns a filha pequena no dia do aniversário da garotinha. “Estou muito feliz em apresentar o filme pela primeira vez no circuito de festivais aqui em Triunfo”, confessou o diretor.

Única animação exibida nessa terça, Tempestade, do paulista Cesar Cabral, encantou pelas belas imagens e pela delicadeza da história de um marujo solitário e a saudade de sua amada. A Dama do Peixoto, dos cariocas Douglas Soares e Allan Ribeiro, contou, através de depoimentos de terceiros, a história de uma misteriosa senhora habitante do tradicional bairro carioca. A sessão foi finalizada por Nº 27, do pernambucano Marcelo Lordello.

Fonte: Pernambuco Nação Cultural