Gilberto Tenório
A Mostra Competitiva de Longa-Metragem Nacional do Festival de Cinema de Triunfo exibiu na noite dessa quarta (17) o documentário Avenida Brasília Formosa. Dirigido pelo pernambucano Gabriel Mascaro, responsável pelos premiados Um Lugar ao Sol e KFZ-1348, o filme analisa o cotidiano de três personagens da comunidade lozalizada na Zona Sul recifense e, a partir das histórias deles, busca traçar um panorama das transformações pelas quais o bairro vem sofrendo ao longo dos últimos anos.
A narrativa acompanha o dia a dia de Fábio – garçom que também atua como cinegrafista e que registra os principais eventos de Brasília Formosa. Contratado pela manicure Débora para fazer o vídeo de inscrição dela para o Big Brother Brasil, o jovem também se dedica à filmagem do aniversário de Cauan – garoto de cinco anos fã do Homem Aranha.
Paralelo à rotina de Fábio, está o novo cotidiano do pescador Pirambu. Transferido para um conjunto residencial construído para abrigar os antigos moradores das palafitas, quando o bairro ainda se chamava Brasília Teimosa, o homem tenta se adaptar à nova moradia.
O maior mérito de Avenida Brasília Formosa é não vitimizar os personagens. Como qualquer morador da Região Metropolitana do Recife, Fábio, Débora e Pirambu tentam viver, trabalhar e se relacionar em uma cidade que pouco pensa questões essenciais para o bem estar da população, como um plano habitacional eficaz e a mobilidade urbana.
A câmera, que guia o espectador pelos locais por onde os personagens transitam, mostra a todo o tempo, através de prédios gigantescos, a verticalização exacerbada pela qual o Recife passa e que, através da lente de Mascaro, parece invandir sem pedir licença a vida dos moradores de Brasília Formosa.
Curtas – O Cine Teatro Guarany recebeu mais cedo a Mostra Competitiva de Curta-Metragem Pernambucano. Foram exibidos os filmes: Poesia em Alto Relevo, documentário de Hanna Godoy Márcia Mansur sobre o xilogravurista Jota Borges; My Way, de Camilo Cavalcante; Vou estraçaiá, documentário de Tiago Leitão sobre o boxeador Todo Duro e Acercadacana, documentário de Felipe Peres Calheiros sobre uma mulher e a sua luta pela posse de um terreno na Zona da Mata.
Na sequência, o público conferiu a Mostra Competitiva de Curta-Metragem Nacional. Debaixo d’água, da mineira Silvia Batista Godinho, narra a vida de uma jovem nadadora e seu vizinho, um garotinho tímido. Ambos buscando a necessidade de “respirar” na cidade em que vivem. “Estou encantada com a cidade e muito feliz de lançar meu filme neste festival”, confessou a diretora.
2 e meio, do capixaba Alexandre Serafini,  conta a aventura de Hernani para recuperar seu carro. A animação O céu no andar de baixo, do mineiro Leonardo Cata Preta; Mãos de outubro, do paraense Vitor Souza Lima e Rio de Mulheres, de Cristina Maure e Joana Oliveira, também mineiras, completaram a seleção da noite.
Quinta – O Homem mau dorme bem é a produção que será exibida hoje, às 20h, na Mostra Competitiva de Longa-Metragem Nacional. Dirigido por Geraldo Moraes, o filme mostra três personagens que se encontram em um posto de gasolina, descobrindo muito mais em comum do que eles poderiam imaginar.
Fonte: Pernambuco Nação Cultural
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