Serra do Grito
Sobre a caatinga tremeluzente
o sol se fotografa o velho trem,
que se contorce entre
marmeleiros, algarobas e umbuzeiros.
A monotonia da paisagem coleciona
tristeza em cada estação.
Do alto da Serra do Grito
o eco repetido na imensidão
não altera o colear da serpente de ferro,
que solta fumaça e resfólega
furando o meu sertão,
com a barriga cheia de mercadorias,
de gente e de bicho, vai devorando
trilho e chão, enquanto no horizonte
fulgurante uma nuvenzinha solitaria
se esconde por trás da Serra do Grito.
1 Comentários:
Eu vi em seus versos a paisagem a desenhar-ser!
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