domingo, 18 de abril de 2010

Ego X Grupo

Antes de nos posicionarmos acerca do tema, entendemos ser indispensável trazermos os conceitos enciclopédicos das palavras que compõem o título. Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (daqui por diante farei constante uso do “pai dos burros” rsrs), ego e grupo significam, respectivamente:

EGO
1 Psicol. Na teoria freudiana, a personalidade psíquica do indivíduo, de que este está consciente e que exerce a função de controle sobre o seu comportamento.
2 Núcleo da personalidade do indivíduo.
3 Conceito que o indivíduo tem de si mesmo.
4 Consideração ou apreço exagerado que alguém tem por si mesmo.

GRUPO
1 Número de pessoas ou de coisas que formam um todo.
2 Pequena associação.

Uma vez expostos, peço-lhes que guardem bem os conceitos para usarmos a posteriori.

Passando adiante, faço-lhes a seguinte pergunta: você já se imaginou ou escutou alguém afirmar que desejaria ser, por exemplo, um secretário de finanças ou um diretor de saúde? Respondam sinceramente.

Particularmente, jamais vi ser proferido de qualquer boca esse “sonho”. Não conheço ninguém com esse desprendimento. Até para o cargo de vereador é difícil encontrar pretendentes, e quando se acha é com outro intuito.

Outro intuito? E qual seria?

Ora, ora, caro amigo, a resposta não poderia ser mais óbvia, previsível, ou melhor, mais egoísta: “eu quero ser o prefeito, o ‘cara’, o ‘manda chuva’...” (Notem: egoísta... Ego...).

A imensa maioria tem aspiração pelo cargo municipal de maior relevância, o que pode até parecer natural, mas nada mais é do que o “núcleo da personalidade do indivíduo” atuando. Assim, cabem aqui todos aqueles conceitos citados acima, o que, em suma, nada mais é do que a presença do EGO. Um ego egoísta, individualista, de quem não consegue enxergar nos seus pares qualidades que lhes credenciem às mais variadas funções.

Do até então exposto erigem outros relevantes questionamentos: onde fica o trabalho de grupo? Será possível governar sozinho? O uso do chicote se faz eficiente?

O uso do trabalho em grupo pode ser uma tarefa árdua, sobretudo para certos “egos”. Dividir atribuições pode transparecer fraqueza, perda de poder. Quanto engano!

É exatamente a força e a competência de um grupo que poderão fazer de um mero indivíduo um verdadeiro líder, um GESTOR vitorioso. É quase uma questão matemática, onde vários “cérebros” pensando funcionam mais do que apenas um. A regra, pois, é a de que o pretenso gestor deveria cerca-se de pessoas capazes ao invés de se cercar do seu alterego.

A temática pode parecer um tanto utópica para os padrões triunfenses, mas revela-se atual e imprescindível para que tenhamos evolução, em especial no campo político. Portanto, sugiro que passemos a encarar essa realidade como palpável, além de alimentarmos nosso espírito coletivo, mormente no sentido de que ser um secretário, diretor ou mero servidor é ser tão importante quanto o prefeito, cada qual com suas respectivas atribuições.

1 Comentários:

Unknown disse...

Concordo plenamente! Sem mais a dizer, você já disse tudo.

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