A diminuição da violência em Pernambuco é inquestionável. Na sexta prestação de contas do Pacto pela Vida aos deputados estaduais, os secretários ligados ao principal programa do Governo do Estado apresentaram os índice de queda da violência. Em três anos e meio, houve redução de 22% no número de homicídios em Pernambuco. Na Região Metropolitana, 30,67% e, no Recife, 37%. Pernambuco voltou ao patamar de homicídios de treze anos atrás. Nesta terça-feira (1º de junho), o secretário de Planejamento, Geraldo Júlio, gestor do Pacto pela Vida, mostrou que, em todas as cidades com mais de cem mil habitantes, houve redução da violência. "Hoje as pessoas se sentem mais seguras", destacou o secretário. Com relação aos cinco primeiros meses de 2010, houve uma redução importante comparado ao mesmo período de 2009. Em Pernambuco, os assassinatos caíram 14%; na RMR, 18% e, no Recife, 27,5%.
É claro que os números são importantes, como observou, inclusive, o deputado estadual da oposição Pedro Eurico (PSDB). No entanto a diminuição da violência não está diretamente ligada à sensação de segurança, principalmente na classe média. Ninguém, no Recife, se sente tranquilo ao andar pelas ruas da cidade. Se compararmos Pernambuco com São Paulo, por exemplo, observamos que ainda há um longo caminho no enfrentamento da violência. Naquelo Estado, são 12 homicídios para cada cem mil habitantes. Aqui, ainda são 43. Ou seja, o número é quase quatro vezes maior.
"Fora o estafe de governo que está aqui, quem se sente seguro? Quem está satisfeito? As últimas notícias de bala perdida, rebeliões nos presídios e na Funase, desrespeito no IML, assalto na saída do banco... Ninguém tem a sensação de segurança", criticou deputado estadual Augusto Coutinho (DEM). Com relação aos números, o deputado questionou apenas o investimento prometido pelo Pacto pela Vida no enfrentamento da violência contra a mulher. "No projeto, havia a previsão de construir dez delegacias para as mulheres e, agora, faltando menos de um semestre para o fim do governo, sete ainda estão sem previsão de entrega".
Na apresentação de hoje, uma decisão ficou clara. Para enfrentar o problema da violência, é preciso, antes de tudo, encarar o problema das drogas, reforçando o anúncio feito na semana passada pelo governo, com um plano de ações sociais integradas de enfrentamento ao crack. Nem o Pacto pela Vida nem o Programa Vida Nova, dois eixos de atuação oficiais, tinham até então qualquer referência específica contra a droga. Este ano, o orçamento foi quadruplicado, passando de R$ 4 milhões para R$ 15 milhões. Serão criados abrigos exclusivos para dependentes e o número de leitos para tratamento saltará de 260 para 3.400. O secretário-executivo de Assistência Social, Acácio de Carvalho, voltou a garantir que, em trinta dias, serão abertas as primeiras novas vagas para internamento.
"Esses números nos bastam? Os índices provam que foi uma decisão política acertada, mas que também tem seus equívocos", afirmou Pedro Eurico. A "reunião de governo", realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco nesta terça, como afirmou o deputado Augusto Coutinho, levanta uma questão. Qual será a estratégia da oposição para combater os índices do Pacto pela Vida nas eleições?
Fonte: Blog de Jamildo
Certo...certo... mas o que dizer das cidades do interior? Não é só em PE que a criminalidade nas cidades interioranas está aumentando e os governos não tomam conta. O governador e sua equipe visa muito a capital pois ela é a porta do estado, mas esquece que pelos sertões há muito o que se fazer. Além de pouco contingente destas cidades pequenas, o policiamento não é dos mais preparados.
PS: A polícia de Triunfo não deveria ser local, mas sim advindas de outras cidades como a tempos atrás era feito. Quem vai prender o amigo?
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