segunda-feira, 16 de agosto de 2010

História do Colégio Stella Maris - Parte 2

Em 1944, o prédio da caridade, que estava abrigando as Irmãs, com o Internato e a Escola não era suficiente para um trabalho profícuo. O antigo “Seminário”, situado no Sítio Horta, que tinha sido prometido às Irmãs diversas vezes pelo bispo de Pesqueira, D. Alberto Sobral, ainda continuava no impasse. O povo triunfense estava de acordo que o “Seminário” fosse entregue para o “Stella Maris” e por isso, enviou ao bispo um abaixo-assinado. O prédio ali existente, muito estragado, havia sido construído pelo Bispo de Floresta, entre 1913 e 1916 para servir de Ginásio Diocesano, que funcionou até 1919. Como o Ginásio não teve mais condições de continuar, o prédio passou para os Irmãos Maristas que , em 25 de janeiro de 1920, fundaram o Colégio do Sagrado Coração, Localizado no Sítio Horta, propriedade comprada ao coronel Monteiro, pai de Deodato Monteiro, cujo terreno era conhecido como Sítio dos Monteiros. Os alunos recebiam uma excelente educação dos Irmãos Maristas. Mas a partir de 1924, houve uma diminuição do números de alunos e, no final de 1926 , foram encerradas as atividades dos Maristas em Triunfo, porque o Município foi assolado pela peste bubônica, o que dificultou a freqüência às aulas. O prédio do Sagrado Coração ficou desativado. Porém, numa parte ainda conservada, o professor Pompílio Vanderlei havia instalado uma escola particular. No entanto, para o funcionamento do Stella Maris no Seminário, faltava o documento oficial de doação, que saiu depois de muitas dificuldades, somente em 18 de fevereiro de 1944.

Iniciaram-se logo os trabalhos difíceis de reconstrução. É impossível imaginar quantas dificuldades foram enfrentadas, quanta falta de dinheiro e de material tinha que ser superada, até que, em 1946, o novo Colégio Stella Maris, pudesse ser inaugurado. No inicio de 1946, já havia 50 internas, que não cabiam na casa da caridade. Então, antes de os trabalhos serem concluídos, foi feita a mudança das Irmãs, das Internas e das Candidatas (jovens que se preparavam para ingressar na Vida Religiosa), para o novo Colégio, o “Colégio do Mato”, como foi inicialmente chamado. Porém, as aulas continuavam ainda na Caridade. Por esta razão, se fez necessário um vai-e-vem de professoras e alunas, para as aulas e refeições, mesmo em dias de sol causticante ou chuvas pesadas. As caminhadas de um colégio para outro para o outro tomaram muito tempo e força. Por isso, urgia que a mudança se tornasse definitiva. As próprias Irmãs ajudavam a colocar as vidraças nas janelas.

No dia 27 de junho de 1946, houve finalmente a mudança das aulas, da Casa da Caridade, para o Antigo Seminário, que ainda continuava em construção. Finalmente surgiu o novo Stella Maris. Para o povo triunfense, parecia uma estória de fada que, do antigo Seminário em ruínas, estava surgindo, em tão pouco tempo, uma construção tão magnífica. À custa de muito sacrifício das Irmãs, e grande colaboração do povo, tudo era engenhosamente construído e aproveitado. Madre Udeline Kretzler assumiu a direção da construção, qual engenheira habilidosa e admirada por todos. A grande confiança em Deus fez com que ela vencesse todas as dificuldades. Ela sabia que: “Se não é o Senhor que constrói a casa, pouco adianta o trabalho dos pedreiros” SL. 126. Em 1955, o Colégio passou a ser chamado de “Escola Normal Regional Stella Maris”. Em 1951, iniciou-se o Curso Normal Regional. Em 1957, devido às exigências da época, foi necessário transformar o Curso Normal Regional em curso Ginasial e Pedagógico. Ao longo dos anos, o Stella Maris ofereceu ensino de boa qualidade, não só à juventude triunfense , mas também a muitas jovens de cidade vizinhas, em regime de internato, embora enfrentando sempre muitas dificuldades financeiras. A Escola Stella Maris, que a vida inteira enfrentou mais do que as outras, grandes dificuldades financeiras, terminou fechando as suas portas em 31 de dezembro de 2003, quando completava 65 anos de serviço prestado àquela população. Foram momentos de muito sofrimento, tanto para o povo triunfense como para as Irmãs. O prédio foi devolvido para Diocese de Afogados da Ingazeira, conforme determinava a Escritura. O Bispo Dom Luiz Pepeu não se opôs à permanência das Irmãs no prédio. Então, algumas continuaram morando numa parte da clausura do Stella Maris até janeiro de 2008. O Prédio está sendo bem aproveitado. Funciona como Centro Diocesano, para os encontros da Diocese e, a partir de janeiro de 2006, parte do mesmo foi alugado à prefeitura Municipal para o funcionamento da Escola Municipal, que recebeu o nome de Centro Educativo Stella Maris, entendendo atualmente a cerca de 600 alunos, durante o dia. Outra parte funciona também como Seminário Diocesano.

Texto retirado do livro 70 anos da irradiação da Estrela no Brasil, de autoria das irmãs Francisacana de Maristellas: Ir. Benigna Batista, Ir. Apolônia de Morais Pereira, Ir. Clarice Alves de Oliveira, Hildegard Wener.

1 Comentários:

Anônimo disse...

essa não é a história verdadeira.

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