Coluna da Folha de Magno Martins
O governador Eduardo Campos (PSB) perdeu o sono com o agravamento da seca no sertão depois que recebeu relatório do secretário de Agricultura, Ranilson Ramos, pelo qual será obrigado a fazer uma operação de transporte de água, caríssima, via carro-pipa, do rio São Francisco, para atender 17 municípios do Araripe.
Ao Ministério da Integração Nacional, onde esteve quinta-feira passada, Eduardo pleiteou R$ 33 milhões para pagar carros pipas e perfurar poços. A perfuração de poços, segundo Ranilson, é apontada como uma saída para evitar o recurso emergencial na fonte do São Francisco.
O problema é que a operação, além de apresentar custos proporcionais ao pagamento de pipas, não garante a água de imediato, levando um prazo maior para se obter os resultados adequados.
A seca prolongada esturricou praticamente todos os reservatórios do Alto Sertão, Sertão do Moxotó e Sertão do Araripe, sendo esta a região mais castigada, porque, além da escassez de água o pasto também já sumiu e o gado começa a emagrecer, correndo risco de morte.
Hoje, o Estado mantém 321 carros-pipas no atendimento às regiões mais afetadas. O número parece suficiente, mas não é. O secretário de Agricultura já contratou mais 312 veículos, isso sem falar na possível operação São Francisco, representando investimentos acima de R$ 20 milhões.
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