domingo, 21 de novembro de 2010

Acidentes com moto aumentam no Brasil e em Triunfo

23 pessoas morrem em acidentes de moto por dia no Brasil

A frota de motos cresce no Brasil e com ela o número de vítimas do trânsito com sequelas gravíssimas.

Um estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo mostra que aqueles que escapam da morte enfrentam uma dura rotina. E a pesquisa traz uma surpresa: os motoboys não são mais a maioria das vítimas.

Um ano e meio numa cama. Ombro e braço esquerdos sem vida - os nervos que os ligavam à coluna foram rompidos A perna não pode tocar o chão, porque falta um pedaço do fêmur, o osso da coxa - ficou no asfalto. Ele bateu em outra moto. As duas em alta velocidade. O raio-x mostra o osso quebrado, a parte que falta e que uma cirurgia no dia seguinte vai tentar corrigir.

“Eu acho que no imaginário do motoqueiro, às vezes passa a ideia de que existem duas situações possíveis: ou eu morro, e está resolvido o problema, ou vou viver. Só que entre a morte e a vida deste motoqueiro, e é isso a proposta do trabalho, é mostrar que há uma série de problemas que vão causar um ônus para este indivíduo tremendo ao longo da vida dele”, diz o dr. Marcelo Rosa.

No Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo, o doutor Marcelo Rosa viu se multiplicar o número de mutilados pelos acidentes de moto. É para lá que são encaminhados os casos mais graves, que precisam de cirurgias de alta complexidade. Ele coordenou um estudo para medir a dimensão dessa tragédia.

A pesquisa acompanhou 84 pacientes que foram internados no Hospital das Clínicas de São Paulo entre maio e novembro do ano passado. Esses pacientes foram acompanhados durante seis meses. O resultado é um retrato assustador do impacto desses acidentes sobre a sociedade. Em custos hospitalares, no prejuízo provocado por esses jovens que deixam o mercado de trabalho e no efeito devastador para as vítimas e suas famílias.

“Abalou psicologicamente tudo. Minha esposa, meus filhos, tudo, tudo, família. Por que, como cuidar de uma pessoa que vai chegar em casa deficiente?”, desabafa Danilo Américo. Ele ia no corredor entre os carros. Um deles fechou o espaço.

“Já caí no chão sem o pé, totalmente, não tenho nem palavras para dizer o fato”. O pé foi decepado. Trinta dias no hospital. Cinco cirurgias. Uma delas reimplantou o pé.

“Foi pesado, você ver a tua vida, a vida dos teus filhos se desestruturarem em fração de segundos. É muito difícil, você não sabe o que vai fazer, não sabe como vai ser o teu amanhã, você não tem como planejar o teu amanhã, o amanhã dos teus filhos. É doloroso”, conta a mulher de Danilo.

O Ministério da Previdência não tem um cálculo de quanto o país gasta em benefícios para acidentados de moto. Mas a pesquisa mostra que seis meses depois do acidente, 82% dos pacientes ainda não tinham voltado a trabalhar, nem retomado atividades simples do dia-a-dia.

Em média, os pacientes ficaram 18 dias no hospital. Fizeram mais de duas cirurgias e custaram R$ 35 mil ao SUS cada um.

“É uma epidemia, porque os números mostram um alto índice de acidentados de moto, um alto índice de sequelados, Tudo o que caracteriza uma epidemia, toda a mobilização da área da saúde, custos sociais, isso tem que ser caracterizado como epidemia. Como a que tivemos da gripe suína. Como epidemia, elas exigem medidas fortes, precisam de estudos estatísticos adequados, precisam da intervenção da engenharia de tráfego, precisa de medidas fortes como foi tomado na gripe suína”, diz o médico.

Em Triunfo do mês passado para hoje foram inúmeros os acidentes com muitas vítimas, alguns dos acidentes foram muito trágicos. Em um plantão na maternidade o qual eu estava acompanhando meu pai foram cerca de 6 acidentes, que apesar de leves mostram que se torna cada vez mais frequente esse tipo de fatalidade.

A imprudência é a maior das causas. A maioria dos pacientes tinham ingerido bebidas alcoólicas.

O problema só aumenta. Quem anda de moto precisa ter muito mais cuidado, precisa estar com a máxima atenção porque um simples deslize pode acabar com a sua vida, sua família e pior, tirar a vida de pessoas que as vezes não tem nada a ver com a história.

3 Comentários:

Anônimo disse...

MOTO = MORTE

Anônimo disse...

Vamos entrar nessa luta contra o "luto" causado pelas MOTOS(acidentes) que já constitui um problema de saúde pública, ampliando os indicadores epdemiologicos de mortes por causas externas, evitaveis. JOVEM FALA PRA JOVENS!!!E CONVENCE...

Anônimo disse...

Não ensine e nem estimule seus filhos a andarem de moto, quem ama a vida nao anda de MOTO.
MOTO = MORTE.

Postar um comentário

1 - Deve assinar com nome e sobrenome o post no final caso escolham a opção "anônimo" ou se identificar usando a opção "Nome/URL".
2 - O comentário tem que ser escrito em português, pelo menos com suas regras básicas.
3 - Qualquer adjetivo pejorativo a qualquer pessoa será deletado.
4 - Sobrenomes pejorativos também serão apagados.
5 - Comentários não relevantes ao tópico também serão apagados.