terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Eduardo Campos quer PSB forte no sudeste...2014 à vista?

Por Arthur Cunha

O governador Eduardo Campos (PSB) admitiu que a estratégia do PSB de cooptar o prefeito Gilberto Kassab (DEM/São Paulo) tem como meta fortalecer o partido no eixo Sul/Sudeste. “Temos que crescer nesse eixo. O prefeito Kassab é uma liderança que vem crescendo, se consolidando”, salientou. Em entrevista ao programa Frente à Frente, na Rádio Folha FM 96,7, Eduardo argumentou que a sigla po­de “terminar 2011 maior do que 2010”.

Cam­­pos adiantou, ainda, que “outros núcleos descontentes do partido (DEM), que desejam vir para a base (aliada)”, também estão na mira do PSB. Ele estava se referindo ao governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM). Uma das contrapartidas para Kassab optar pelo PSB seria o repasse para ele de 50% do controle do partido no Estado, além do domínio absoluto na capital.

Corre nos bastidores a informação de que Campos aceitaria a exigência em troca da filiação de Colombo e outros democratas. Questionado se a relação do PSB com Kassab seria “namoro ou amizade”, Eduardo afirmou que há “um bom campo para evoluir”. Também se especula que Kassab criaria o Partido da Democracia Brasileira (PDB), como uma forma de sair do DEM sem perder o mandato, e que depois migraria com outros aliados para o PSB.

Eduardo Cam­pos ne­gou, contudo, que a estratégia de atrair o prefeito paulista tenha co­mo meta pavimentar uma eventual candidatura à Presidência da República. “Meu foco nesses quatro anos é governar Pernambuco. Meu desejo é concluir meu mandato e poder andar nas ruas das cidades olhando nos olhos das pessoas”, assegurou o socialista, argumentando que a presidente Dilma Rousseff tem “precedência” dentro da base para tentar a reeleição. O segundo lugar da fila, de acordo com Campos, está com o ex-presidente Lula.

À noite, a Folha conversou com Eduardo por telefone, quando ele se deslocava para as comemorações do aniversário do jornal Folha de S.Paulo. Após o evento, Campos se reuniria com Kassab. “Estamos conversando, mas não tem nada conclusivo. Isso só acontecerá depois do dia 15 de março”, pontuou o socialista, que estava acompanhado do governador Marcelo Déda (PT/Ser­gipe).

O petista estaria interessado em abocanhar o comando da Chesf, também na mira do pernambucano e do PT do Nordeste, segundo o senador Humberto Costa. O sinal da ligação, que já estava ruim, caiu pouco tempo depois de a reportagem perguntar so­bre o futuro da companhia.

* Repórter da Folha de Pernambuco

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