segunda-feira, 23 de maio de 2011

Poesia de Fabrício Ramos: A cara da dor


A CARA DA DOR
(Fabrício Ramos)

Do quarto olho a rua
A chuva olho do quarto
De fato foi combinado
A chuva, a rua e o quarto
Lá em cima é a cadeira
E a velha rua um palco
Vermelho é carro parado
O sinal vem pedindo um destino
Adultos, porém, são meninos
Que o mundo foi de criar
E a sorte foi de largar
E a morte de “arrudiar”
O forte foi de pensar
O fraco foi de matar
O mundo foi de nascer
O homem de aniquilar
É só o que sabe fazer
Inventa uma coisa amorosa
Inventa também o terror
É feito a carne e a unha
É feito Sertão e calor
Um é a cara do outro
O outro a cara da dor

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