Essa publicação foi enviada para o Blog Opinião sobre a postagem do JET acerca do Antigo Altar da Igreja Matriz. Clique AQUI para rever a foto. Segue a matéria"
"Isso realmente é algo muito especial! Brinde do Blog "Jovens Estudantes Triunfenses"! Isso realmente é utilidade pública: Incentivar a visão dialética para que se possa entender os erros históricos e corrigí-los na medida do possível. Veja o antigo altar de nossa Senhora das Dores da Igreja Matriz de Triunfo - uma obra de arte de primeira grandeza - demolido de forma lastimável nos anos 60... Por quem? Não interessa. Não se trata de querer punir. O Porque? Talves valha a pena promover uma análise epistemológica sobre a realidade factual naquele contexto dos anos 60.
Certamente -creio - tudo aconteceu em face de uma interpretação errônea das reformas implantadas pelo "Concilio Vaticano Dois" - (Igreja Nova). Dita reforma, ocorrida no Pontificado de João XXIII, entre outras novidades plásticas, colocava o celebrante de frente para os fiéis, mandava celebrar a missa não mais em latim; criava uma mesa para o celebrante atuar face a sua nova posição a frente dos fieis. Mas não mandava, jamais, destruir os altares antigos... Essa foi uma visão iconoclasta desenvolvida só em Triunfo!
É verdade que houve um incêndio no altar decorrente de erros, possivelmente cometidos na lide natural do cerimonial liturgico com velas acesas, etc. O altar era de madeira e oferecia os riscos naturais de incêndio! Ora os altares no mundo inteiro eram (e são) de madeira e nem por isso se destruiu os altares de Notre dame de Paris, ou da Igreja de São Francisco em Salvador (Bahia) ou a igreja de Santo Antônio no Recife, etc... O que necessitava-se era redobrar os cuidados! Mas usou-se o sofisma de que o magnífico altar de então, era propício a incêndios e eliminou-se algo que ninguém tinha legitimidade para fazer, pois era patrimônio artístico do povo de Triunfo! A medida teve causa, na verdade, em razão de um "modismo" decorrente da reforma de João XXII.
Essa reforma imposta pelo Papa João XXIII, na sua outra vertente, a ideológica, reforçava a visão social da Igreja, - "escolha preferencial pelos pobres" - inspirada parcialmente nos Evagelhos. Mas avançando perigosamente na direção de um Tomismo Homocentrista radical (Teoria Social de São Tomaz de Aquino - séc. XIII), que colocava o homem como centro da caminhada religiosa em lugar de Deus, e fazia contra ponto com o Teocentrismo de Santo Agostinho - séc. IV a.D, que pregava a tônica da contemplação de Deus e o esquecimento do mundo e também dos homens na caminhadsa religiosa! O movimento reformista em pauta, no Brasil capitaneado, entre outros, por Dom Helder Câmara, infelizmente nos anos 60 aproximou a Igreja Católica, imprudentemente, do Marxismo-Leninismo, ateu, e que pregava as reformas sociais pela violência, inclusive! Impensável por Jesus Cristo! Um paradoxo, portanto!
No caso, o que interessa mais de perto, para nós triunfenses, é que uma obra de arte magnífica foi destruída em Triunfo e isso foi simplesmente lamentável! Será que um dia esse desastre será corrigido à altura? Duvido! Mas que há uma dívida a resgatar, não resta dúvida!... Recentemente foi feita uma bem vinda reforma interna na Igreja Matriz de Triunfo. A minha pergunta é: Essa questão foi então levantada no contexto da reforma do altar? Talvez não. Mas nunca é tarde para corrigirmos os desvios da caminhada... Exceto quando caimos de um despenhadeiro. Mas não é o caso!"
Yone Castilho Campos
1 Comentários:
Não costumo fazer comentários, mas neste instante é necessário. O autor do texto acha q não há necessidade de culpabilizar ninguém pela destruição do altar, até ai tudo bem. Mas não perde a oportunidade de alfinetar uma das figuras mais importantes da igreja católica latino-americana (D. Helder). Não entendi as colocações pejorativas direcionadas a um dos seguidores do mais importante movimento católico, nas últimas décadas, a teologia da libertação. Este movimento teve a coragem de mostrar q as palavras de Cristo são claras em defesa dos pobres. Não interessa "conseguir" a salvação espiritual, sem reconhecer e sem lutar contra os fatores que determinam a ausência de direitos sociais da população menos favorecida.Isso é falta de solidariedade e de fraternidade. Qnd o autor faz referência a uma parcela da igreja que apoio movimentos armados durante a década de 1960, esquece q no referido período, os militares, sob o aval do governo brasileiro, q deveria defender os cidadãos,torturava e matava pessoas honestas, nos porões do DOI-CODI. Esta sim seria uma atitude "impensável por Jesus Cristo! Um paradoxo, portanto"!
"Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto porque eles são pobres, chamam-me de comunista."
Abraços fraternos a todos!
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